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JUDÔ

Judô ou judo (柔道 Jūdō, caminho suave, ou caminho da suavidade) é uma arte marcial, praticada como esporte de combate e fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal. O Judô teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência dos principais estilos e escolas de jujitsu, arte marcial praticada pelos "bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O Judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918). A vestimenta utilizada nessa modalidade é o judogi e que, com a faixa (obi), formam o equipamento necessário à sua prática. O judogi que é composto pelo casaco (Wagi), pela calça (Shitabaki) e também pela faixa, o judogi pode ser branco ou azul, sendo o último utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos e na identificação dos atletas durante as transmissões de televisão (TV). Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o Judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais, o Judô teve um aumento significativo no número de praticantes. Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual

Judô, em kanji

柔道

Informação geral

Local de origem:       Japão

Criador:                      Jigoro Kano

Grafia

Nome nativo:            Jūdō

Tradução literal:       Caminho suave

PT:                               Judo

BR:                              Judô

Relação com outras modalidades

Antecedente(s); Kito-ryu,  JujutsuAikidoKarate     

Influente(s)  Mitsuyo Maeda Yasuhiro YamashitaTomita TsunejirōShiro Saigo, Sakujiro Yokoyama, Kyuzo MifuneYoshikazu Yamashita.        

                                   

Descendente(s)         

Outras informações

Esporte olímpico:     Sim

Praticantes notórios: 
 

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Selo Imperial

JAPÃO

Japão (em japonês: 日本; transl.: Nihon ou Nippon; oficialmente 日本国,  Nippon-koku (ajuda·info) ou Nihon koku, tradução literal: Estado do Japão) é um país insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão, da República Popular da China, da Coreia do Norte, da Coreia do Sul e da Rússia, se estendendo do Mar de Okhotsk, no norte, ao Mar da China Oriental e Taiwan, ao sul. Os caracteres que compõem seu nome significam "Origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".

O país é um arquipélago de 6 852 ilhas, cujas quatro maiores são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre nacional. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões como, por exemplo, os Alpes japoneses e o Monte Fuji. O Japão possui a décima maior população do mundo, com cerca de 128 milhões de habitantes. A Região Metropolitana de Tóquio, que inclui a capital de facto de Tóquio e várias prefeituras adjacentes, é a maior área metropolitana do mundo, com mais de 30 milhões de habitantes.

Pesquisas arqueológicas indicam que humanos já viviam nas ilhas japonesas no período Paleolítico Superior. A primeira menção escrita do Japão começa com uma breve aparição em textos históricos chineses do século I d.C.. A influência do resto do mundo seguida por longos períodos de isolamento tem caracterizado a história do país. Desde a sua constituição em 1947, o Japão se manteve como uma monarquia constitucional unitária com um imperador e um parlamento eleito, a Dieta.

Como grande potência econômica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal e a quarta maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o quarto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G7.] O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para auto-defesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito alto (17º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. O país também faz parte do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

KITO - RYU

Kitō-ryū

Kitō-ryū (em japonês: 起 倒流) é uma escola tradicional (koryu) da arte marcial japonesa do jujutsu. Seu currículo inclui atemi waza (técnicas de ataque), nage waza (técnicas de arremesso), kansetsu waza (técnicas de imobilização articular) e shime waza (técnicas de asfixia). Muitas dessas técnicas eram executadas ao mesmo tempo com armadura completa.

Origem

Kitō-ryū é traduzido como "a escola da ascensão e queda". É uma forma de "aikijutsu", o princípio de "ki" (energia) e aiki (o kitō-ryū ensina que "Quando duas mentes estão unidas, a mais forte controla a mais fraca..."). Da mesma forma, utiliza princípios como "kuzushi no ri” ("quebra de equilíbrio").

Base da arte do judô

Jigoro Kano treinou kitō-ryū e derivou de alguns dos seus princípios movimentos que constituem a base do judô. Um dos katas de judô, o koshiki-no-kata (também conhecido como kitoryu-no-kata), é composto de técnicas oriundas do kitō-ryū.

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JUJUTSU

Jujutsu ( japonês: 柔術 Jujutsu ) , é uma família de artes marciais japonesas e um sistema de combate corpo a corpo (desarmado ou com um menor arma) que pode ser usada de maneira defensiva ou ofensiva para matar ou subjugar um ou mais oponentes armados ou sem armas. Um subconjunto de técnicas de certos estilos de jujutsu japonês foi usado para desenvolver artes marciais e esportes de combate , como judô , sambo , ARB , jiu-jitsu brasileiro e artes marciais mistas .

Também conhecido como: Jujitsu, Jiu-jitsu

AIKIDO

Aikido ou aiquidô (em japonês: 合気道, aikidō) é uma arte marcial japonesa desenvolvida pelo mestre Morihei Ueshiba (1883-1969), aproximadamente entre os anos de 1930 e 1960. como um compêndio dos seus estudos marciais e filosóficos. O aikido é, frequentemente, traduzido como "o caminho da unificação (com) da energia da vida" ou "o caminho do espírito harmonioso" O objetivo de Ueshiba era criar uma arte em que os seus praticantes pudessem defender-se a si próprios a partir do ataque adversário. O cerne desta arte marcial orbita em torno do uso pragmático da energia num combate, no controlo desse fluxo. Os praticantes desta arte respeitosamente chamam seu criador de O-Sensei ("Grande Mestre"), ou "fundador".

O aikido é exercido através da combinação de movimentos atacantes, redirecionando a força adversária, ao invés de combatê-la diretamente. Isto requer uma reduzida força física, uma vez que o aikidōka (praticante de aikido) conduz o impulso atacante dando entrada ao ataque a partir da transformação dos movimentos rivais. As técnicas são complementadas com várias projecções, torções e contusões comuns

Ueshiba concebeu o aiquidô a partir da sua experiência com dezenas de artes marciais, mas, principalmente, baseando-se no estilo da escola vetusta do daito-ryu aiki-jujutsu, com sensei Sokaku Takeda, ao qual incorporou técnicas do kenjutsu (técnica da espada) e do jojutsu (técnica do bastão curto). Em 1920, o aikido divergiu-se desse estilo, em parte devido ao envolvimento de Ueshiba com a religião Ōmoto-kyō Noutra mão, a despeito da origem guerreira, o carácter distintivo reside do modo preciso em não se opor ao adversário, mas, antes de mais, envolvê-lo e utilizar de sua própria agressividade e energia. E, conforme o nome da arte sugere, toda sua prática está intimamente relacionada ao conceito de ki, uma energia natural que flui no corpo humano: o aikido extrapola e faz do controle/harmonização do ki a sua mola mestra, isso claro no estudo do princípio do aiki (relacionado ao kiai), que tem estado presente nas mais diversas disciplinas orientais, o qual pretende resolver uma deficiência não pelo choque mas pela concórdia Outro importante atributo desta arte é seu apego ao desenvolvimento espiritual. Isso advindo dum dos mentores de Ueshiba, o monge Onisaburo Deguchi, líder da seita Oomoto-kyo, no Japão, a quem, depois de um encontro fortuito, passou a seguir e ser protetor pessoal

Após várias décadas, a unidade da arte marcial manteve-se quase intacta, permanecendo sob a conduta dos seus sucessores naturais, Kisshomaru Ueshiba (1921-1999) e Moriteru Ueshiba (1951). Todavia, isto não impediu que outras entidades surgissem, cada qual com uma proposta e uma obrigação particular sobre a modalidade. Porém, ao praticante realmente comprometido, resta a consciência de sua origem. Estudantes seniores de Ueshiba possuem diferentes enfoques sobre o aikido, dependendo parcialmente do momento da sua aprendizagem com o mestre. Hoje em dia, o aikido pode ser encontrado em todo o mundo em vários estilos, com amplas interpretações. No entanto, todos eles possuem o conhecimento adquirido a partir de Ueshiba em que a preocupação com o bem-estar do oponente deve ser considerada.

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KARATÊ

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Também conhecido como: 

  • Karaté

  • Tode

  • Shimpi-tode

  • Te-jutsu

  • Toudi

  • Toshu

  • Toshu-jitsu

  • Toshukuken

Caraté ou karaté (pt) ou Caratê (pt-(em japonês: 空手; transl.: karate, AFI: [kɑʀɑtə]) ou caratê-dô (空手道, transl. karate-dō AFI: [kɑʀɑtədɵ]) é uma arte marcial japonesa desenvolvida a partir da arte marcial indígena de Okinawa sob influência da arte da guerra chinesa (chuan fa), das lutas tradicionais japonesas (koryu) e das disciplinas guerreiras japonesas (budō).

A influência chinesa foi maior inicialmente durante o desenvolvimento, variando em um paradigma primitivo de simples luta com agarrões e projeções, para um modelo com mais ênfase em golpes traumáticos, e se fez sentir nas técnicas dos estilos mais fluidos e pragmáticos da China meridional. Depois, devido a alterações geopolíticas, sobreveio a predominância das disciplinas de combate do Japão e, nesse período, o modelo tendeu a simplificar ainda mais os movimentos, tornando-os mais diretos e eliminando o que não seria útil ou que fosse apenas floreio.

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Nome nativo:   Mitsuyo Maeda 前田光世

Nascimento:   18 de novembro de 1878 Hirosaki, Japão

Morte:        28 de novembro de 1941 (63 anos) Belém do Pará, Brasil

Nacionalidade:   Japão

Cidadania:  Brasil

Cônjuge:  May Iris

Filho(s):  Celeste Maeda e Clivia Maeda -  Brasil 

Ocupação: Lutador e professor de judô

Causa da morte: nefropatia

Mitsuyo Maeda (前田光世 'Maeda Mitsuyo) (Hirosaki, 18 de novembro de 1878 — Belém do Pará, 28 de novembro de 1941) foi um judoca japonês, naturalizado brasileiro como Otávio Maeda Ele também era conhecido como "Conde Koma", alcunha que ganhou na Espanha em 1908. Junto com Antônio Soishiro Satake, outro japonês naturalizado brasileiro, foi pioneiro do judô em países como Brasil e Reino Unido, entre outros. Maeda foi fundamental para o desenvolvimento do jiu-jitsu brasileiro, pelo que ensinou à família Gracie Ele era também um promotor da emigração japonesa ao Brasil. Maeda ganhou mais de 2.000 lutas profissionais em sua carreira. Suas realizações levaram-no a ser chamado de "O homem mais forte que já viveu", e é referido como o pai do jiu-jitsu brasileiro.

Biografia

Maeda nasceu no povoado de Funazawa, cidade de Hirosaki, Aomori, em 18 de novembro de 1878. Frequentou a escola Kenritsu Itiu (atualmente Hirokou —uma escola de Hirosaki) Quando criança, era conhecido como Hideyo. Quando adolescente, praticou sumô, mas sentia que faltava o ideal para prosseguir nesse esporte. Por este motivo e devido ao interesse gerado pelas notícias sobre o sucesso do judô, principalmente em competições entre judô e ju-jutsu no qual na maioria das vezes o judô ganhava, que estavam ocorrendo naquela época, ele então mudou para essa arte marcial. Em 1894, aos dezessete anos de idade, seus pais lhe enviaram a Tóquio para se matricular na Universidade de Waseda, onde começou a praticar o judô da Kodokan no ano seguinte.

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Nome nativo:   Yasuhiro Yamashita

Nascimento:   1 de junho de 1957 (63 anos) Yamato, Kumamoto

Nacionalidade:   Japão

Yasuhiro Yamashita (山下 泰裕 Yamashita Yasuhiro?, Yamato, 1 de junho de 1957) é um ex-judoca japonês, campeão olímpico em Los Angeles 1984 e um dos mais bem sucedidos judocas de todos os tempos.

Carreira

Devido ao boicote japonês nas Olimpíadas de Verão de 1980 em protesto contra a invasão soviética do Afeganistão em 1979, Yamashita foi forçado a assistir a esses Jogos como espectador enquanto seus rivais competiam no palco olímpico.

Yamashita ganharia mais três medalhas de ouro no Campeonato Mundial antes de se classificar para as Olimpíadas de 1984. Ele era o único competidor japonês de judô que havia se classificado para os Jogos Olímpicos de 1980 que também se classificou para as Olimpíadas de 1984.

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Nome nativo:   Tomita Tsunejirō, o Guardião da Kōdōkan .

Nascimento:   28 de fevereiro de 1865 Numazu, Shizuoka , Japão

Morte:        13 de janeiro de 1937 (com 71 anos)

Nacionalidade:   Japão

Tomita Tsunejirō ( 富田 常 次郎 , 28 de fevereiro de 1865 - 13 de janeiro de 1937) , nascido Yamada Tsunejirō ( 山田常 次郎 ) , foi o primeiro discípulo de judô. Seu nome aparece na primeira linha do livro de inscrição do Kōdōkan .  Tomita, junto com Saigō Shirō , se tornou o primeiro na história do judô a receber o título de Shodan pelo fundador do judô, Kanō Jigorō , que estabeleceu o sistema de classificação que agora é comumente usado em várias artes marciais ao redor do mundo. Tomita era conhecido como um dos "Quatro Reis" deKōdōkan judô por seus esforços vitoriosos na competição contra escolas de jiu-jitsu . Ele recebeu o 7º dan após sua morte em 13 de janeiro de 1937.

Juventude

Como o primeiro aluno do Kodokan, Tomita era conhecido como Tsunejiro Yamada. Ele foi adotado por uma família chamada Tomita e seu nome foi mudado. Ele entrou no Kodokan em junho de 1882 como uchi deshi ou estudante residente por recomendação do pai de Jigoro Kano. Ele se tornou o parceiro de treinamento usual de Kano. Embora fosse o menos dotado fisicamente dos primeiros alunos de Kano, ele era dedicado e obstinado.

Tomita teve sua primeira luta em nome do Kodokan em 1884, quando Tomita foi desafiado por Hansuke Nakamura de Ryoi Shinto-ryu durante a abertura do dojo Tenjin Shinyo-ryu na qual os dois eram convidados. Instrutor de polícia e homem grande, Nakamura foi apelidado de "Caçador de Demônios" e considerado o homem mais duro do Japão. Como ele era muito mais pesado e experiente do que Tomita, Nakamura o desafiou a lutar, acreditando ser superior. No entanto, assim que a partida começou, Tomita imediatamente marcou um tomoe nage e repetiu a técnica mais duas vezes antes que seu oponente ainda chocado conseguisse bloqueá-la. Nakamura bloqueou ainda mais um ouchi garie tentou contra-atacar, mas então Tomita executou um hiza guruma e travou um juji-jime no chão, fazendo Nakamura desmaiar. Tomita foi saudado pelos espectadores e considerado um herói pela vitória.

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Nome nativo:   Shiro Saigo  西郷四郎

Nascimento:   4 de fevereiro de 1866 Aizuwakamatsu, Japão

Nacionalidade:   Japão

Morte: 4 de dezembro de 1922

Ocupação: Judoca

Shiro Saigo (西郷四郎) (4 de fevereiro de 1866 - Dezembro de 1922) foi um dos primeiros discípulos de judô. Saigo, juntamente com Tsunejiro Tomita, tornou-se pela primeira vez na história do judô a ser concedido Shodan pelo fundador do judô, Jigoro Kano, que estabeleceu o sistema de ranking kyu-dan.[1] O filho de Tsunejiro Tomita, que era também judoca, Tsuneo Tomita, baseando-se na história de Shiro Saigo, escreveu um livro onde relata a vida de Sanshiro, um forte jovem que sai do campo para aprender jujutsu. Em 1943, o diretor Akira Kurosawa conseguiu a produção do filme Sugata Sanshiro (no Brasil, “A Saga do Judô”) baseado no romance de Tomita. O filme fez bastante sucesso em sua época e já foi refilmado pelo menos umas cinco vezes.

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Nome nativo:   Yokoyama Sakujirō 横山 作 次郎, o Guardião do Kōdōkan .

Nascimento:   1864, Tóquio, Japão

Nacionalidade:   Japão

Morte: 23 de setembro de 1912 (com idades entre 47-48)

Estilo:Tenjin Shinyo ryu , judô

Professores: Kanō Jigorō

Yokoyama Sakujirō ( 横山 作 次郎 , 1864 - 23 de setembro de 1912) , foi um dos primeiros discípulos de Kanō Jigorō . Ele fazia parte do Kōdōkan Shitennō ou Quatro Guardiões do Kodokan junto com Yoshitsugu Yamashita , Tsunejirō Tomita e Shirō Saigō .

Juventude

Yokoyama nasceu em Saginomiya, Tóquio , Japão em 1864. Ele treinou Tenjin Shin'yō-ryū jujutsu com Keitaro Inoue no Yushima Tenjin dojo, bem como Kitō-ryū com Tomiharu Mikami, tudo desde sua infância. Diz-se que quando tinha apenas treze anos empunhou uma katana e matou um ladrão que tentava roubar a casa dos pais. Mais tarde, ele se juntou a polícia em Yamagata Prefeitura e, possivelmente, se tornou um estudante de Daito-ryu Aiki-Jujutsu de Takeda Sokaku por um tempo. De qualquer forma, em abril de 1886, ele veio ao Kōdōkan dojo para apresentar um dojoyaburidesafio, mas se comprometeu com os ensinamentos de Jigoro Kano quando foi derrotado ali mesmo pelo muito menor Shirō Saigō . Yokoyama ainda ajudou Kano a estabelecer o Kōdōkan e sua reputação.

Sakujiro era considerado um dos maiores especialistas em judô de seu tempo, o que se refletia em seu apelido de "Demônio Yokoyama" ( 鬼 横山 , Oni Yokoyama ) . Ele era conhecido por seu tamanho grande, estilo de luta violento e vontade de treinar e lutar a qualquer hora. Quando não estava treinando no dojo, Yokoyama estava do lado de fora balançando um pesado tetsubo para aumentar sua força, e dizia-se que sempre carregava uma corda grossa em seu traje, que usava para arrastar e mover pedras e troncos que ele encontrado na estrada. Seu lance favorito (supostamente perdido após sua morte) era conhecido como "tengu nage", um nome que vem de outro de seus apelidos, " Tengu "( 天狗 ) , que foi dado por vários carregadores supersticiosos quando ele os espancou por desrespeitá-lo em Hakone . Yokoyama também era um treinador infame e severo que costumava atacar os alunos sem avisar, dizendo-lhes que deveriam assistir o tempo todo como se estivessem no dojo.

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Nome nativo:   Kyuzo Mifune  三船 久蔵 

Nascimento:   21 de abril de 1883 (137 anos) Província de Iwate, Japão

Nacionalidade:   Japão

Morte: 27 de janeiro de 1965 (81 anos) Tóquio, Japão

Outros nomes: Deus do Judô

Kyuzo Mifune (三船 久蔵 Mifune Kyūzō?, 21 de abril de 1883 – 27 de janeiro de 1965) é tido como um dos maiores expoentes da arte do judô depois do fundador, Jigorō Kanō. Ele é considerado por muitos como o maior técnico de judô de sempre, depois de Kanō.

Início da vida

Mifune nasceu em 21 de abril de 1883, na cidade de Kuji, Província de Iwate, na Ilha de Honshu, no Japão, um ano após o Kodokan foi fundada. Ele foi supostamente incorrigível como um menino, sempre realizando alguma maldade ou a organização de outros com semelhante objetivo. Quando Mifune tinha 13 anos de idade, seu pai, um rígido disciplinador, que finalmente desistiu de seu caçula de seus sete filhos e enviou o menino para uma escola de ensino médio em Sendai, no norte do Japão. Lá, o jovem Mifune descobriu o judô e decidiu dedicar-se a ele. Com 14 anos de idade, derrotou nove adversários em sequência em um torneio com outra escola.

Após a formatura, Mifune foi enviado para Escola Preparatória de Tóquio, antecipando a entrada na Universidade de Waseda. Ele imediatamente tentou ingressar no Kodokan. Nessa época era necessário comparecer a uma entrevista pessoal com Kano, mediante recomendação do ranking judoca e, em seguida, assinar um juramento de sangue. Mifune não conheçia ninguém no Kodokan, mas escolheu Sakujiro Yokoyama, que então tinha um temível reputação, como "Demônio Yokoyama", cujo judô rápido e potente trouxe muita reputação para a Kodokan. Mifune ficou acampado à porta de Yokoyama até que este último consentiu em  recomendá-lo a Kano. Em julho de 1903, Mifune juntou-se a Kodokan. Seu pai, descobrir que ele estava gastando mais tempo no judô que para estudar, cortou-lhe a mesada, e Mifune, 22 anos, saiu para encontrar trabalho. Ele começou um jornal, vendendo publicidade, e construiu uma próspera empresa. Ele foi capaz de vendê-lo a um lucro substancial, e entrou para o programa de economia na Universidade de Keio.

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Nome nativo:   Yoshikazu Yamashita [japonês: 山下 義 一 ]

Nascimento:   10 de abril de 1907, Japão

Nacionalidade:   Japão

Morte: 7 de julho de 2019
 cidade de Hatsukaichi, Hiroshima, Japão

Yoshikazu Yamashita [japonês: 山下 義 一 ] (10 de abril de 1907 - 7 de julho de 2019) foi um supercentenário japonês cuja idade não foi validada pelo Grupo de Pesquisa em Gerontologia (GRG). Ele era o homem mais velho conhecido da prefeitura de Hiroshima e o segundo homem vivo mais velho do Japão, atrás de Chitetsu Watanabe .

Biografia

Yoshikazu Yamashita nasceu no Japão em 10 de abril de 1907. Ele morava na cidade de Hatsukaichi, província de Hiroshima. Ele foi relatado como o homem vivo mais velho na província de Hiroshima desde a morte de Keisan Miura em 19 de novembro de 2014, e a pessoa viva mais velha na província de Hiroshima desde a morte de Toshimi Kikkawa em 10 de outubro de 2018.

Yoshikazu Yamashita morreu em 7 de julho de 2019 com a idade de 112 anos e 88 dias.

História

O Judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. Esta arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa no país. O judô foi incluído nas Olimpíadas em 1972, após ter sido disputado em 1964, em Tóquio, por ser o esporte mais popular do país-sede.

1 - Decadência e renascimento do Ju-Jutsu

Em 1864, o Comodoro Matthew Calbraith Perry, comandante de uma expedição naval americana, obrigou o Japão a abrir seus portos ao mundo com o tratado "Comércio, Paz e Amizade". Abrindo seus portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol Nascente uma tremenda transformação político-social, denominada Era Meiji ou "Renascença Japonesa", promovido pelo imperador Mitsuhyto Meiji (1868-1912). Anteriormente, o imperador exercia sobre o povo influência e poderes espirituais, porém com a "Renascença Japonesa" ele passou a ser o comandante de fato da Terra das Cerejeiras.

Nessa dinâmica época de transformações e inovações radicais, os nipônicos ficaram ávidos por modernizar-se e adquirir a cultura ocidental. Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco esquecido, ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do jujutsu perderam as suas posições oficiais e viram-se forçados a procurar emprego em outros lugares. Muitos se voltaram então para a luta e exibição feitas.

A ordem proibindo os samurais de usar espadas em 1876 assinalou um declínio em todas as artes marciais, e com o jujutsu não foi uma exceção.

Tempos depois existiu uma onda contrária às inovações radicais. Havia terminado a onda chamada febre ocidental. O jujutsu foi recolocado na sua posição de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido, principalmente pela polícia e pela marinha. Apesar de sua indiscutível eficiência para a defesa pessoal, o antigo jujutsu não podia ser considerado um esporte,[4] muito menos ser praticado como tal. As regras não eram tratadas pedagogicamente, ou mesmo padronizadas. Os professores ensinavam às crianças os denominados golpes mortais e os traumatizantes e perigosos golpes baixos genitais.[4] Sendo assim, quase sempre, os alunos menos experientes faixas brancas a machucavam-se seriamente. Valendo-se de sua superioridade física, os maiores chegavam a espancar os menores e mais fracos. Tudo isso fazia com que o jujutsu gozasse de uma certa impopularidade, especialmente entre as pessoas mais esclarecidas.

2 - Nascimento

Um jovem que na adolescência se sentia inferiorizado sempre que precisava desprender muita energia física para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional jiu-jitsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o em um veículo de educação física.[4]

Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforçado cultor de jiu-jitsu. Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseados em leis de dinâmica, ação e reação, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de jujútsu, juntamente com os imigrantes japoneses dando ênfase principalmente no ataque aos pontos vitais (ver: Kyusho-jitsu) e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de projeção do estilo Kito-Ryu. Inseriu princípios básicos como os do equilíbrio, da gravidade e do sistema de alavancas nas execuções dos movimentos lógicos.

Estabeleceu normas a fim de tornar a aprendizagem mais fácil e racional. Idealizou regras para um confronto desportivo, baseado no espírito do ippon-shobu (luta pelo ponto completo). Procurou demonstrar que o jujutsu aprimorado, além de sua utilização para defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes, extraordinárias oportunidades para superar as próprias limitações do ser humano.

Jigoro Kano tentou dar maior expressão à lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do Coração de Salgueiro), que se baseava no princípio de "ceder para vencer", utilizando a não resistência para controlar, desequilibrar e vencer o adversário com o mínimo de esforço. Em um combate, o praticante tinha como o único objetivo a vitória. No entender de Kano, isso era totalmente errado. Uma atividade física deveria servir, em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes. Os cultores profissionais do jujutsu não aceitavam tal concepção. Para eles, o verdadeiro espírito do jujutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar até a morte).

Pelas suas ideias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos educadores da época, mas não mediu esforços para idealizar o novo jujutsu, diferente, mais completo, mais eficaz, muito mais objetivo e racional, denominado de Judo. Chamando o seu novo sistema de Judo, ele pretendeu elevar o termo "jutsu" (arte ou prática) para "do", ou seja, para caminho ou via, dando a entender que não se tratava apenas de mudança de nomes, mas que o seu novo sistema repousava sobre uma fundamentação filosófica.[2]

Em fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola de Judo, denominada Kodokan[5] (Instituto do Caminho da Fraternidade), já que "Ko" significa fraternidade, irmandade; "Do" significa caminho, via; e "Kan", instituto.

3 - No Brasil

No fim da década de 1910 e no início da década seguinte, Takaharu (ou Takaji) Saigo, 4° dan de Judô, ensinava a arte na cidade de São Paulo, em sua academia localizada na Rua Brigadeiro Luís Antônio. Em 1922 e 1923, ele chegou a fazer demonstrações da arte perante personalidades políticas e militares da época e teve alunos tanto japoneses quanto não japoneses. Diz-se que Takaharu Saigo era neto de Takamori Saigo, um dos homens mais importantes da Restauração Meiji no Japão.

Mitsuyo Maeda, também conhecido Conde Koma, fez sua primeira apresentação em Porto Alegre. Partiu para as demonstrações pelos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará em outubro de 1925,[6] onde popularizou seus conhecimentos dessa arte. Outros mestres também faziam exibições e aceitavam desafios em locais públicos. Mas foi um início difícil para um esporte que viria a se tornar tão difundido. Essa ida do Conde Koma para o estado do Pará, resultaria em seu contato com Gastão Gracie, dono de circo local. Este contato do Mestre japonês com o Clã Gracie e com Luiz França, outro de seus alunos, originaria num futuro próximo o desenvolvimento do Jiu-jitsu brasileiro.

Um dos primeiros torneios de judô foi realizado no dia 01 de maio de 1931 na cidade de Araçatuba, estado de São Paulo. Organizado por Yuzo Abematsu, 4º dan e ex-professor de judô da Escola Superior de Agronomia de Kagoshima, da Segunda Escola de Ensino Médio e do Batalhão da Polícia do Exército do Japão, o torneio incluiu lutas contra boxe e luta greco-romana.

O judô no Brasil passou a ser organizado e largamente difundido a partir de agosto de 1933, com a fundação da Hakkoku Jûkendô Renmei, a Federação de Judô e Kendô do Brasil, por ocasião do 25º aniversário da imigração japonesa ao Brasil. Do lado do judô, foram membros fundadores as seguintes personalidades: Katsutoshi Naito, Tatsuo Okochi, Teruo Sakata,Zensaku Yoshida e Shigueto Yamasaki.

Nessa época, além dos quatro mestres supracitados, o judô no Brasil contava também com o mestre Tomiyo Tomikawa e com Shigejiro Fukuoka, mestre de jujutsu tradicional. Estes seis mestres eram os principais expoentes do judô na época, dentro do âmbito da Hakkoku Jûkendô Renmei.

Um fator relevante na história do judô foi a chegada ao país de um grupo de nipônicos em 1938. Tinham como líder o professor Ryuzo Ogawa e fundaram a Academia Ogawa, com o objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, por meio do esporte do quimono. Apesar de Ryuzo Ogawa ser um mestre de jujutsu tradicional, chamou de Judô a arte marcial que lecionava quando este nome se popularizou. Portanto, ensinava um estilo que não era exatamente o Kodokan Judo, o que não diminui sua enorme contribuição ao começo do Judô no Brasil. Daí por diante disseminaram-se a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano e em 18 de março de 1969 era fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida por decreto em 1972. Hoje em dia o judô é ensinado em academias desportivas e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência. Esse processo culminou com a grande oferta de bons lutadores brasileiros atualmente (ver: lista de judocas do Brasil), tendo conseguido diversos títulos internacionais.

É o esporte individual brasileiro que mais conseguiu medalhas olímpicas.

4 - Academia Terazaki

Réplica do primeiro templo de judô do Japão, o Kodokan, a Academia Terazaki, ou Clube Recreativo de Suzano Judô Terazaki, é a primeira academia de Judô da América e começou a ser construída no ano de 1937 por Tokuzo Terazaki, que idealizava difundir os ensinamentos do judô. A conclusão foi em 1952 e na construção contou com o apoio de muitas pessoas ligadas à colônia e até do Japão. A academia fica localizada na cidade de Suzano, região Metropolitana de São Paulo.

Tokuzo Terazaki, ou mestre Terazaki, como é conhecido por seus discípulos, nasceu em 16 de agosto de 1906 em uma aldeia chamada Tominami, entre as cidade de Sihinjo e Yamagata, no Japão. Filho do sr. Tsuruki e D. Shingue, foi o terceiro filho.

Depois de terminar o curso primário, foi para a cidade de Yamagata onde matriculou-se na escola agrícola. Logo depois migrou para Tóquio, onde trabalhava na indústria Kubota de Ferro. Nas horas de folga treinava na academia do sr. Torakiti, Masateru Futakawa, onde aprendeu ju-jutsu com os fundadores do estilo.

Mais tarde no Kodokan, sob a instrução do mestre Mifune conseguiu título de graduado. Atualmente, as aulas na academia Terazaki são ministradas pelo sensei Celso Tochiaki Kano, que foi aluno do mestre Terazaki e segue os passos.

Em 1928, mestre Terazaki casou-se com D. Kiyoe, tendo como padrinho o professor Futakawa. Kiyoe trabalhava na Kanebo, uma empresa de tecelagem e fiação, que mais tarde Terazaki conheceu o presidente por meio da esposa e quando este iniciou a exploração na região da Amazônia, Terazaki colaborou na convocação de voluntários para a imigração. Além de convocar, decidiu participar da imigração chegando em Belém do Pará, em 1929. Sua chegada, marcada pela epidemia de malária e o poço em que utilizavam para estava infestado de amebas. Na época, dezenas de pessoas morreram, incluindo Teruko, a filha de Terazaki.

Em 1933, da ligação que teve com Katsutoshi Naito em Tóquio no Kodokan, veio a influência da vinda a Suzano, onde após quatro anos na Amazônia, chega a cidade, onde atua no cultivo de morangos na plantação de Naito.

Enquanto atuava na agricultura, crescia a fama de sua técnica como judoca e frequentemente era convidado a ensinar a arte marcial em Suzano. Em 1934, após um ano de trabalho na plantação de Naito, Terazaki compra um terreno no Bairro da Vila Urupês, em Suzano, onde abriu uma academia de judô e também fazia atendimento a todos os casos de fratura óssea e técnica ortopédica em geral de forma voluntária.

Após a II Guerra Mundial, foi organizada uma associação de graduados em judô. O presidente foi Katsutoshi Naito e Terazaki era vice. Com o aumento de adeptos veio a seguir a necessidade de organizar a Federação Nacional de Judô.

Das demonstrações da modalidade a Marinha veio a introdução da modalidade no exército. Na mesma época com o apoio de seus discípulos, amigos, iniciou-se campanha para angariar recursos para a construção da academia. Os resultados São discípulos como Professor kodansha 6° Dan Paulo Graça o único negro na época a praticar e compor a equipe terasaki de judô fundou o Clube Rodoviário de Judô em 1958 onde ministra aulas até hoje na cidade de Jacareí dando continuidade aos ensinamentos de seu sensei tokuzo terasaki e mesmo se orgulha por nunca ter perdido muitos outros abriram academias por Estados brasileiros como Rio de Janeiro. Pelos trabalhos prestados a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, a Academia Militar das Agulhas Negras e a policia rodoviária recebeu várias condecorações. Em 1958 recebeu titulo de cidadão suzanense.

Os três princípios

Os princípios que inspiraram Jigoro Kano quando da idealização do judô foram os três seguintes:

  • Princípio da Máxima Eficiência (Seiryoku Zen’Yo).

  • Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos (Jita Kyoei).

  • Princípio da Suavidade (Ju).

  • Princípio da Máxima Eficiência com o mínimo de esforço do corpo e o espirito (Seiryoku Zen’Yo).

É ao mesmo tempo a utilização global, racional e utilitária da energia do corpo e do espírito. Jigoro Kano afirmava que este princípio deveria ser aplicado no aprimoramento do corpo. Servir para torná-lo forte, saudável e útil. Podendo ainda ser aplicado para melhorar a nutrição, o vestuário, a habitação, a vida em sociedade, a atividade nos negócios na maneira de viver em geral. Estando convencido que o estudo desse princípio, em toda a sua grandeza e generalidade, era muito mais importante e vital do que a simples prática de uma luta. Realmente, a verdadeira inteligência deste princípio não nos permite aplicá-lo somente na arte e na técnica de lutar, mas também nos presta grandes serviços em todos os aspectos da vida. Segundo Jigoro Kano, não é somente através do judô que podemos alcançar este princípio. Podemos chegar à mesma conclusão por uma interpretação das operações cotidianas, através de um raciocínio filosófico.

 

  • Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos (Jita Kyoei).

Diz respeito à importância da solidariedade humana para o melhor bem individual e universal. Achava ainda que a ideia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao próximo, pois acreditava que a eficiência e o auxílio aos outros criariam não só um atleta melhor como um ser humano mais completo.

  • Princípio da Suavidade (Ju).

Ju ou suavidade, é o mais diretamente físico, mas que no entender de Jigoro Kano deveria ser levado ao plano intelectual. Ele mesmo nos explica este terceiro princípio durante um discurso proferido na University of Southern California, por ocasião das Olimpíadas de 1932:

"Deixem-me agora explicar o que significa, realmente esta suavidade ou cedência.

Supondo que a força do homem se poderia avaliar em unidades, digamos que a força de um homem que está na minha frente é representada por dez unidades, enquanto que a minha força, menor que a dele, se apresenta por sete unidades.

Então se ele me empurrar com toda a sua energia, eu serei certamente impulsionado para trás ou atirado ao chão, ainda que empregue toda minha força contra ele.

Isso aconteceria porque eu tinha usado toda a minha força contra ele, opondo força contra força. Mas, se em vez de o enfrentar, eu cedesse a força recuando o meu corpo tanto quanto ele o havia empurrado mantendo, no entanto, o equilíbrio então ele inclinar-se-ia naturalmente para frente perdendo assim o seu próprio equilíbrio.

Nesta posição ele poderia ter ficado tão fraco, não em capacidade física real, mas por causa da sua difícil posição, a ponto de a sua força ser representada, de momento, por digamos apenas três unidades, em vez das dez unidades normais.

Entretanto eu, mantendo o meu equilíbrio conservo toda a minha força tal como de início, representada por sete unidades.

Contudo, agora estou momentaneamente numa posição vantajosa e posso derrotar o meu adversário utilizando apenas metade da minha energia, isto é, metade das minhas sete unidades ou três unidades e meia da minha energia contra as três dele.

Isso deixa uma metade da minha energia disponível para qualquer outra finalidade.

No caso de ter mais força do que o meu adversário poderia sem dúvida empurrá-lo também.

Mas mesmo neste caso, ou seja, se eu tivesse desejado empurrá-lo igualmente e pudesse fazê-lo, seria melhor para eu ter cedido primeiro, pois procedendo assim teria economizado minha energia."

Graduações

Os judocas são classificados em duas graduações: kyu e dan.[8]

As promoções no judô baseiam-se em exames que incidem sobre requisitos tais como: duração de tempo de treino, idade, caráter moral, execução das técnicas especificadas nos regulamentos[9] e comportamento em competições. No caso de promoção de kyu (classificação), faixa branca a marrom, é outorgada pela associação/academia. No caso de promoção das graduações de 1º dan até 5º dan são realizadas pela banca examinadora da Liga ou Federação Estadual, as outras graduações superiores pela Confederação Nacional.

Os praticantes de judô se classificam em dois grandes grupos - kyu (iniciantes) e dan (peritos) -, subdivididos, respectivamente, em seis e dez graduações, e identificados por faixas coloridas (Obi) que usam na cintura. Para os kyu a ordem de graduação é decrescente e as faixas têm cores branca (6°), amarela (4°), verde (3°),roxa ou azul (2°) e marrom (1°). A numeração dos dan cresce de acordo com o seu valor:1° a 5°, faixa-preta; 6° a 8, vermelha e branca,rajada; 9° e 10°, faixa vermelha. Fonte:Barsa

As faixas vão na ordem de:

1. Branca 2. Cinza 3. Azul 4. Amarela 5. Laranja 6. Verde 7. Roxa 8. Marrom 9. Preta 10. Branca/Vermelha.

Ao total são 10 faixas

Graduações kyu

Há oito graus de kyu (oito no Brasil), os quais se distinguem pelas cores das faixas:

Graduações dan

As graduações de dan avançam de modo crescente, ao contrario das graduações kyu, indo do 1º dan (shoudan) ao 10º dan (juudan). Esses graus se diferenciam pelas seguintes cores das faixas:

Formas de saudação (Rei)

A prática do judô é regida por cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente máximo dessas virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos companheiros. No judô, há duas formas de expressarmos: tati-rei ou ritsu-rei (quando em pé) e za-rei (quando de joelhos). Esta última é conhecida por saudação de cerimônia. Efetua-se as seguintes saudações:​

Tachi-rei ou Ritsu-rei

Ao entrar no dojô bem como ao sair; Quando subir no tatami para cumprimentar o professor ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao terminá-lo.

Za-rei

Ao iniciar, bem como ao terminar o treinamento; Em casos especiais, por exemplo, antes e depois dos KATA; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro, bem como ao terminá-lo.

Pontuação

O objetivo é conseguir ganhar a luta valendo-se dos seguintes pontos:

Wazari - Meio ponto. Dois wazari valem um ippon e termina o combate logo após o segundo wazari. Um wazari é um ippon que não foi realizado com perfeição. Também ganha wazari

Ippon - Ponto completo. O nocaute do judô, finaliza o combate no momento deste golpe. Um ippon realiza-se quando o oponente cai com as costas no chão, ao término de um movimento perfeito, quando é finalizado por um estrangulamento ou chave de articulação, ou quando é imobilizado por 25 segundos

Penalizações

  • Shido - Infrações leves de regras são penalizadas com shido. Ele é tratado como um aviso. Shido, o primeiro Shido é um aviso, o segundo shido é uma pontuação para o adversário, o terceiro é um Wazari para o adversário.

  • Hansoku-Make - Uma violação de regras séria resulta em um hansoku-make resultando na desqualificação do competidor penalizado. Hansoku-make também é dado pela acumulação de quatro shidos.

No fim da luta, se a mesma estiver empatada em pontuações, vence quem tiver menos shidos.

Se a luta estiver no golden score (devido a empate), o primeiro a receber um shido perde, ou o primeiro a fazer um ponto, vence.

Antes havia dois níveis de penalização entre o shido e o hansoku-make: chui, equivalente a um yuko e keikoku, equivalente a um wazari.

TÉCNICAS

Na aplicação de waza (técnicas), tori é quem aplica a técnica e uke é aquele em que a técnica é aplicada. As técnicas do judô classificam-se em:

Nage-Waza (Técnicas de projecção)  que se subdividem em outros 2 grupos:

Tachi - Waza

Sutemi - Waza

Katame-Waza

Te-waza

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Koshi-waza

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Ashi-waza

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Ma-sutemi-waza

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Yoko-sutemi-waza

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Ossae-Komi-waza:

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Shime-waza

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Kansetsu-waza

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Ashi-garami * técnica proibida

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Exercícios básicos

No judô cada professor pode estabelecer o seu sistema de exercício, o plano geral de treinamento é o seguinte:

Taiso

Exercício de aquecimento, visa aquecer e tornar o corpo mais flexível, desenvolvendo também a musculatura.

Ukemi-No-Waza

Técnicas de amortecimento de queda (rolamentos).

Uchikomi ou Butsukari

Treinamento de entradas de técnicas de projeção.

Dando-Geiko

Treinamento sombra, também conhecido como Segundo-tenente "sombra". É o equivalente ao Chromium (entrada de golpes) porém sem parceiro.

Nane-Ai (pronuncia-se ague ai)

Projeções alternadas. Treinamento em duplas, alternadamente cada um projeta (derruba) o companheiro de treino.

Kakari-Geiko (pronuncia-se kakari gueiko)

Treinamento defensivo. Nesse tipo de treinamento um dos componentes da dupla é designado a defender e o outro a atacar.

Yaku-Soku-Geiko (pronuncia-se yaku soku gueiko)

Projeções livres com movimentação. Treinamento com muita movimentação e projeção sem defesa ou disputa de pegada.

Randori (乱取り)

Treino livre, "simula" ou reproduz o "Shiai" (competição), pelo qual a aplicação das técnicas é praticada contra um parceiro, atacando e defendendo, a diferença básica é que ocorre de forma mais "solta" mais "livre" que nas competições propriamente ditas.

Shiai

Competição. Exige muita habilidade técnica, tática, preparação física e mental. Atualmente as competições de alto nível envolvem a participação de diversos profissionais, não somente mais de um "Sensei", entre eles: preparador físico (geralmente especialista em fisiologia do exercício e/ou treinamento esportivo) nutricionista, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros. As técnicas já dominadas no randori devem ser aplicadas sob um determinado conjunto de regras, sujeitas à pontuações que devem ser avaliadas por três árbitros (um central mais dois laterais).

Kata

São conjuntos de técnicas de níveis fundamentais a avançados, sendo métodos de estudo especial, para transmitir as técnicas, o espírito e a finalidade do judô.

São eles: Nage-no-kata, Katame-no-kata, Kime-no-kata, Ju-no-kata, Koshiki-no-kata, Itsutsu-no-kata, Seiryoku-zenko-kokumin-taiiku-no-kata e Kodokan goshin-jutsu.

 

Nage-no-kata

 

É o primeiro kata do judô; compõe-se de quinze projeções divididas em cinco grupos de técnicas:

Te-Waza

                            Uki-otoshi                                                          Seoi-nage                                                         Kata-guruma

Koshi-Waza

                             Uki-goshi                                                          Harai-goshi                                                       Tsurikomi-goshi

Ashi-waza

                          Okuriashi-harai                                          Sasae-tsurikomi-ashi                                            Uchimata

Ma-sutemi-waza

                          Tomoe-nage                                                         Ura-nage                                                         Sumi-gaeshi

Yoko-sutemi-waza

                          Yoko-gake                                                          Yoko-guruma                                                       Uki-waza

Ideologias e espíritos

  • Quem teme perder já está vencido.

  • Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.

  • Quando verificares com tristeza que não sabes nada, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.

  • Nunca te orgulhes de haver vencido a um adversário, ao que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.

  • O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.

  • Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.

  • O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.

  • Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas.

  • Praticar Judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo obedecer com justeza.

  • O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

Cinco fundamentos

  • →Shinsei (postura)

Existem dois tipos de postura no judô Shisentai, que é a postura natural do corpo e Jigotai, que é a postura defensiva

  • → Shintai (movimentação)

Ayumi-ashi, andando normalmente.

Suri-ashi, andando arrastando os pés.

Tsugi-ashi (apenas em kata), que anda-se colocando um pé a frente e arrastando o outro, sem ultrapassar o primeiro.

  • → Tai-sabaki (deslocamento de corpo / tai = corpo; sabaki = deslocamento)

Pode ser: Mae-sabaki (para frente), Ushiro-sabaki (para trás) ou Yoko-sabaki (para os lados)

  • → Kumi-Kata (pegadas, formas de pegar)

Existem inúmeros tipos de pegadas, sendo apenas proibida a pegada por dentro da manga e por dentro da barra da calça.

A pegada pode ser feita no eri (gola), sode (manga) e, desde que haja o desequilíbrio do adversário ou o adversário esteja fazendo a pegada cruzada (manga e gola do mesmo lado), no chitabaki(calça).

Pode ser de direita (migui) ou de esquerda (hidari). Variando entre canhotos e destros, embora para algumas projeções se use a pegada de lado contrário ao qual se vai atacar.

  • → Ukemi (amortecimento de quedas)

Os "rolamentos" são fundamentais para a segurança do praticante, a física explica: estas técnicas "dissipam" a energia cinética que, se fosse transferida na sua totalidade para os órgãos internos, poderia causar prejuízo à saúde.

Os ukemis são :Zenpo kaiten Ukemi → Zenpo ( rolamento) kaiten ( rotação) , logo ukemi que você rola e gira.

Ushiro ukemi → Ushiro ( para trás) , logo ukemi para trás.

Mae ukemi → Mae ( para frente) , logo ukemi para frente.

Yoko ukemi → Yoko ( para o lado) , logo ukemi para o lado.

Ideologias e espíritos

Fases da projeção

  • 1º Kuzushi (desequilíbrio)

  • 2º Tsukuri (encaixe)

  • 3º Kake (finalização)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SELECIONE O GOKYO

Ko-Uchi-Gari

Tai-Otoshi

Tsuri-Goshi

Harai-Tsurikomi-Ashi

Tani-Otoshi

O-Guruma

Uki-Waza

Ura-Nage

Hiza-Guruma

O-Uchi-Gari

Koshi-Guruma

Harai-Goshi

Yoko-Otoshi

Tomoe-Nage

Hane-Makikomi

Soto-Makikomi

Yoko-Wakare

Sumi-Otoshi

Sasae-Tsurikomi-Ashi

O-Goshi

Tsurikomi-Goshi

Uchi-Mata

Ashi-Guruma

Kata-Guruma

Sukui-Nage

Uki-Otoshi

Yoko-Guruma

Yoko-Gake

Uki-Goshi

Seoi-Nage

Okuri-Ashi-Harai

Ko-Soto-Gake

Hane-Goshi

Sumi-Gaeshi

Utsuri-Goshi

O-Soto-Guruma

Ushiro-Gosh

De-Ashi-Harai

O-Soto-Gari

Ko-Soto-Gari

TERMINOLOGIA DOS TERMOS USADOS NO JUDÔ E TRADUÇÃO

1 - Dicionário de palavras em japonês usadas no judô:

Agura – posição sentado com as pernas cruzadas

Ashi – pé, perna

Ashi-garami – pernas entrelaçadas, chave de pernas

Ashi-waza – técnica de pernas

Atama – Cabeça

Barai – vide harai

Basami – vide hasami

Budo – caminho marcial (literalmente: caminho do guerreiro. Vide explicação no item próprio)

Bujutsu – artes marciais (Vide explicação no item próprio)

Chudan – Nível médio (do pescoço até à cintura)

Chugaeri – cambalhota para frente para amortecer a queda

Chui – penalidade por infração média (ou 2º shido) – equivale a um yuko para o adversário

Dan – Nível, grau (cinto negro)

Dojime – apertar o corpo com as pernas

Dojo – Local de treino de Budo

Enji – cotovelo

Eri – pescoço, colar

Fusen-gashi – vencer por ausência

Gaeshi – vide kaeshi

Gake - gancho

Gari – ceifa

Garami – torção, chave

Gatame – vide katame

Gedan – Nível baixo (da cintura para baixo)

Goshi - vide koshi

Guruma – vide kuruma

Gyaku – contrário, inverso

Hadaka – nu, sem roupa

Hajime – começar (do verbo hajimeru)

Hane – salto, mola

Hansoku-make – desclassificação, penalidade por infração gravíssima (ou 4º shido) – equivale a um ippon para o adversário

Hantei - decisão

Hara – barriga, ventre

Harai (barai) – varrida

Hasami (basami) – tesoura

Hidari - esquerda

Hiji – cotovelo (mesmo que “enji”)

Hiki-wake - empate

Hishigi – esmagamento, deslocamento

Hiza – joelho

Hon – fundamental, básico

Ippon – um ponto/pontuação máxima

Jigoku – inferno

Jigo-tai – posição de defesa em pé

Jime – vide shime

Joseki - responsável da mesa central

Judo – caminho da suavidade

Judogi – (lê-se “judôgui”) kimono próprio para o judô

Judoka – (lê-se “judôká”) praticante de judô

Juji – cruzado, em forma de X (a forma do kanji “dez”)

Jutsu – técnica, arte

Kachi – (lê-se “kati”) vitória

Kaeshi (gaeshi) – reverso, contra-ataque, torção

Kagato/Kakato – salto

Kaiten - rolamento

Kamae – posição de defesa

Kamaete – ordem para assumir posição

Kami – cabeça, topo, parte superior

Kani - caranguejo

Kannuki – travamento, parafuso, trava (antiga de porta)

Kansetsu – junta, articulação

Kansetsu-waza – técnica de chave

Kata – ombro

Kata – forma, coreografia

Kataha – um ombro (Kataha

jime – estrangulamento com um ombro)

Katame (gatame) – imobilização

Kawazu – sapo

Keikoku – penalidade por infração grave (ou 3º shido) – equivale a um waza-ari para o adversário

Kesa – “gravata” (aplicar uma)

Kibisu – salto

Kiken-gashi – vitória por desistência

Kimono – significa “roupa” em japonês. É incorreto chamar o uniforme do judô de kimono, mas sim de “judogi”

Kinshi – proibido

Kiotsuke – atenção! (“ki wo tsuke” - literalmente: juntem seus espíritos)

Ko – pequeno

Kohai – aluno menos experiente (oposto de “senpai”)

Koka – pontuação mínima

Koshi (goshi) – quadril

Koshi-waza – técnica de quadril

Kubi – pescoço

Kumi-kata – pegada

Kuruma (guruma) – roda, giro

Kuzure – deformado, colapso, separação

Mae – frente

Maki - enrolar

Makikomi – enrolamento, envolver

Makura – travesseiro, apoio de cabeça

Mata – parte interior da coxa

Matte – pare, espere

Migi - direita

Mokuso – Literalmente: não pensar. Atitude de concentração executada durante o cerimonial de início e final da prática de Budo Morote – ambas as mãos

Mune - peito

Nage – arremesso

Nage-waza – técnica de projeção

Nami – onda; comum

Naname - diagonal

Ne-waza – técnica de solo

Ō – grande (lê-se “oo” como na palavra “zôo”)

Obi – cinta, faixa

Okuri – Deslizar

Okuri-ashi – Forma de andamento em que a perna da frente se move em primeiro lugar

Osae – imobilização

Osaekomi – início da contagem de imobilização no solo

Osu – forma comum de cumprimento entre praticantes de artes marciais

Otoshi – movimento de cima para baixo, queda

Randori – combate livre

Rei – saudação Ritsu-rei – saudação em pé

Ryote – ambas as mãos

Sankaku - triângulo

Sasae – suporte, apoio

Seiza – Sentar na posição de joelhos

Senpai – aluno mais experiente (oposto de “kohai”)

Sensei - professor

Seoi – de “seou”, carregar nas costas

Seoinage – ou “shoinage”, atirar, arremessar por sobre o ombro (Ippon: um braço;

Morote: dois braços)

Shido – penalidade por infração leve – equivale a um koka para o adversário

Shihan – mestre, professor de grau elevado

Shiho – quatro lados, todas as direções

Shime (jime) – estrangulamento

Shitabaki – calça do judogi

Shizen-hotai – posição natural

Shizen-tai – posição fundamental, natural

Sode – manga (da roupa)

Sogo-gashi – vitória composta

Sono-mama – não se mexam

Sore-made – fim do combate (literalmente: “até aí”)

Soto – fora

Sumi – canto, ângulo

Sutemi – sacrifício, abandono do corpo, técnica em que o executante se deixa cair para projetar o adversário

Tai – corpo

Tani – vale

Tatami - tapete

Tate - vertical

Tawara – bala de arroz, saco de arroz

Te – mão

Toketa – imobilização desfeita

Tomoe – circular

Tori – quem aplica o golpe

Tsubame - abismo

Tsukkomi – tamanho, volume

Tsukuri – Contato, segunda fase de execução de uma técnica

Tsurikomi – levantamento, pescar (movimento de lançar a rede com as duas mãos)

Uchi – dentro

Ude – braço (ou parte superior do braço)

Ude garami – chave de braço

Uke – passivo, quem recebe o golpe

Ukemi – queda (vide explicação mais detalhada no ítem “quedas”, mais adiante)

Uki – flutuar Ura – as costas, o reverso, o lado oposto

Ushiro – atrás

Utsuri – mudança, troca

Uwagi – parte de cima do judogi

Wakare – separação

Waki – parte lateral do peito, axila

Waza – técnica

Waza-ari – quase ippon

Waza-ari-awasete-ippon – 2º waza-ari (se converte em um ippon)

Yama – montanha (Yama arashi – tempestade na montanha)

Yasume – Ordem de descontrair

Yoi – Ordem de atenção

Yoko – lado, lateral

Yoshi - continuar

Yuko – quase waza-ari

Za-rei – Saudação em seiza

Zenpo – para frente

Zubon – calça do judogi

Observação: As palavras entre parênteses representam a forma conjugada da palavra, quando esta aparece anexa a outra. Exemplo: Koshi (goshi): Koshi-guruma, Hane-goshi

2. Dojo

Joseki – Lado superior, lugar de honra (no dojo, a parede sul)

Kamiza – Parede principal do dojo, do lado leste, onde se encontra o Tokonoma (ornamento, alcova)

Shimoza – Parede oeste do dojo, oposta ao Kamiza, onde se sentam os alunos

Shimoseki – Parede norte do dojo, onde podem ficar os assistentes não praticantes

3. Números

1 – ichi

2 – ni

3 – san (lê-se “sán”, com o “a” aberto. Leia as regras de pronúncia)

4 – shi (ou “yon”)

5 – go

6 – roku

7 – shichi (ou “nana”)

8 – hachi

9 – kyu (ou “ku”)

10 –

11 – jū ichi

12 – jū ni

13 – jū san

20 – ni jū

21 – ni jū ichi

22 – ni jū ni

30 – san jū

40 – yon jū

50 – go jū

60 – roku jū

70 – shichi jū

80 – hachi jū

90 – kyu jū

100 – hyaku

200 – ni kyaku

1000 - sen

4. Partes do corpo

5. Cores (iro)

Branco – shiroi, howaito (este último é a pronúncia de “white”em japonês)

Cinza – hai iro, gurei (este último é a pronúncia de “grey”em japonês) Azul – aoi*, sora iro (literalmente “cor do céu”), buruu (este último é a pronúncia de “blue”em japonês)

Amarelo – kiiroi, ieroo (este último é a pronúncia de “yellow”em japonês)

Laranja – orenji iro (“orenji” – pronúncia japonesa de “orange” + “iro” – cor)

Verde – aoi*, midori iro, guriin (este último é a pronúncia de “green”em japonês)

Roxo – murasaki iro, baioretto (este último é a pronúncia de “violet”em japonês)

Marrom – cha iro, kuri iro

Preto – kuroi, burakku (este último é a pronúncia de “black”em japonês)

(*) estranhamente a palavra “aoi” pode designar tanto “azul” como “verde” em japonês

6. Quedas (ukemi)

Na verdade, a palavra “ukemi” não significa literalmente “queda”. É a junção de “uke” (passivo, aquele que recebe) e “mi” (com o corpo), ou seja, aquele que recebe com o corpo, e no contexto do judô, consequentemente é aquele que cai.

Mae ukemi – queda para frente

Ushiro ukemi – queda para trás

Yoko ukemi – queda lateral

Zenpo kaiten ukemi – queda com rolamento para frente

7. Nomes dos golpes

Ashi guruma – giro na perna
Daki wakare – levantar e separar
De-ashi-barai – varrida com o pé avançando
Hane-goshi – arremesso de quadril, mola de quadril
Hane-makikomi – arremesso de enrolamento
Harai-goshi – varrida com o quadril
Harai-makikomi – varrida com enrolamento
Harai-tsurikomi-ashi – Levantamento com varrida do pé
Hikikomi-gaeshi – puxada invertida
Hiza guruma – giro no joelho
Ippon Seoinage – Arremesso por sobre o ombro com um braço
Kata guruma – giro no ombro
Kibisu gaeshi – salto invertido
Koshi guruma – giro no quadril
Kosoto gake – pequeno gancho por fora
Kosoto gari – pequena ceifa/foice por fora
Kouchi gake – pequeno gancho por dentro
Kouchi gari – pequena ceifa/foice por dentro
Kouchi gaeshi – pequena invertida por dentro
Morote Seoinage – Arremesso por sobre o ombro com dois braços
Obi otoshi – derrubar com (usando a) faixa
O goshi – grande arremesso com o quadril
O guruma – grande giro
Okuriashi-barai – varrida com o pé deslizando
Osoto gake – grande gancho por fora
Osoto gari – grande ceifa/foice por fora
Osoto guruma – grande giro por fora
Osoto otoshi – grande queda por fora
O uchi gaeshi – grande invertida por dentro
O uchi gake – grande gancho por dentro
O uchi gari – grande ceifa/foice por dentro
Sasae tsurikomi ashi – levantamento com apoio do pé
Seoi otoshi – queda carregando nas costas
Sode tsurikomi goshi – levantamento com o quadril usando a manga
Soto makikomi – enrolamento por fora
Sukui nage – arremesso escavando
Sumi otoshi – queda de canto
Tai otoshi – queda do corpo
Tani otoshi – queda no vale
Tawara gaeshi – reversão do saco de arroz
Te guruma – giro com a mão
Tomoe nage – arremesso circular
Tsubame gaeshi – reversão do abismo
Tsuri goshi – levantamento de quadril
Tsurikomi goshi - levantamento de quadril
Uchi makikomi – enrolamento por dentro
Uchi mata – parte interna da coxa
Uki goshi – flutuar com o quadril
Uki otoshi – queda flutuante
Uki waza – técnica de flutuar
Ura nage – arremesso para trás
Ushiro goshi – quadril para trás
Utsuri goshi – arremesso mudando de quadril
Yama arashi – tempestade na montanha
Yoko gake – gancho lateral
Yoko guruma – giro lateral
Yoko otoshi – queda de lado
Yoko wakare – separação lateral

8. Técnicas de Imobilização (Osaewaza)

Hon kesa gatame – Imobilização básica com uma gravata
Kuzure kesa gatame – Imobilização deformada com uma gravata
Gyaku kesa gatame – Imobilização invertida com uma gravata
Ushiro kesa gatame – Imobilização de costas com uma gravata
Makura kesa gatame - Imobilização de travesseiro com uma gravata
Kami shiho gatame - Imobilização no topo (na cabeça) dos 4 lados
Kuzure kami shiho gatame - Imobilização deformada no topo (na cabeça) dos 4 lados
Tate shiho gatame - Imobilização na posição vertical dos 4 lados
Kuzure tate shiho gatame - Imobilização deformada na posição vertical dos 4 lados
Yoko shiho gatame – Imobilização lateral dos 4 lados
Kata gatame – Imobilização do ombro
Mune gatame – Imobilização no peito

9. Técnicas de estrangulamento (Shimewaza)

Gyaku juji jime - estrangulamento cruzado invertido
Hadaka jime – estrangulamento sem roupa
Jigoku jime – estrangulamento do inferno
Kagato jime – estrangulamento com salto
Kata juji jime – estrangulamento cruzado pelo ombro
Kataha jime – estrangulamento com um ombro
Koshi jime – estrangulamento de quadril
Morote jime – estrangulamento com ambas as mãos
Nami juji jime – estrangulamento cruzado comum
Okuri eri jime – estrangulamento deslizando pelo pescoço/gola
Ryote jime – estrangulamento com as duas mãos
Sankaku jime – estrangulamento triangular
Sode guruma jime – estrangulamento com giro da manga
Tsukkomi jime – estrangulamento com o peso
Yoko sankaku jime – estrangulamento lateral triangular

10. Técnicas de articulações (Kansetsuwaza)

Ude garami – chave de braço
Ude hishigi juji gatame – imobilização com deslocamento cruzado do braço
Ude hishigi waki gatame – imobilização com deslocamento do braço na axila
Ude hishigi ude gatame – imobilização com deslocamento do braço usando o braço
Ude hishigi te gatame – imobilização com deslocamento do braço usando a mão
Ude hishigi hara gatame – imobilização com deslocamento do braço usando a barriga
Kannuki gatame – imobilização com travamento
Hiza gatame – imobilização com o joelho
Gyaku juji gatame – imobilização cruzada invertida
Ashi gatame – imobilização com a perna

11. Chaves de perna:

Kata ashi hishigi – deslocamento de uma perna
Ryo ashi hishigi – deslocamento de duas pernas
Ashi dori garami – chave de perna embaraçada
Hiza hishigi – deslocamento de joelho
Tate shiho hiza hishigi – deslocamento de joelho na posição vertical para os 4 lados
Ashi makikomi – enrolamento de perna
Kani garami – chave do caranguejo
Ashi kannuki – travamento de perna
Hiza tori garami – chave de joelho

12. Chaves de pescoço:

Kubi hishigi – deslocamento de pescoço
Osae hishigi – deslocamento com imobilização
Tate hishigi – deslocamento na vertical
Gyaku hishigi – deslocamento invertido
Tomoe hishigi – deslocamento em círculo
Kesa gatame kubi hishigi – deslocamento de pescoço em imobilização com gravata

13. Técnicas proibidas (Kinshiwaza)

Ashi garami – chave de perna
Do jime - estrangulamento
Kani basami – tesoura do caranguejo
Kawazu gake – gancho do sapo

14. Budo e bujutsu

Farei uma breve explicação sobre a diferença entre as duas expressões, sendo que “budo” significa “o caminho do guerreiro”, e “bujutsu” traduz-se por “arte marcial”, ou “arte de guerra”. “Marcial” por sua vez reporta ao Deus Marte da guerra, na mitologia romana, pois os romanos acreditavam que tinham adquirido suas técnicas de guerra diretamente daquela divindade. “Jutsu” significa literalmente “técnica” ou “arte”. As artes marciais voltavam-se exclusivamente à utilização de técnicas para matar o adversário no campo de batalha. Contudo, com o início da era Meiji (e restauração do poder do Imperador), que representou, entre outros, o fim da classe guerreira (os samurais), acabaram-se as guerras internas, e a necessidade de simplesmente saber matar no campo de batalha, onde o termo “bujutsu” deu lugar ao “budo”, ou seja, as artes marciais evoluíram de simples formas de matar (jutsu) para a introdução de filosofia nestas artes (do), preservando sua identidade guerreira. Desta forma, o ju-jutsu deu lugar ao judô, assim como o kenjutsu e o kendo, o aikijutsu e o aikido, e assim por diante. Em resumo, o “jutsu” se refere simplesmente à prática de técnicas de combate, enquanto que o “do” vai mais além, mostrando ao praticante o caminho, a filosofia por trás da arte, ajudando-o a evoluir como ser humano, e não simplesmente ser uma máquina de matar.

15. Regras de pronúncia em japonês

O japonês utiliza um alfabeto silabário, o que implica dizer que não se utilizam letras, mas sílabas. Abaixo, coloco o
alfabeto da forma como é normalmente transliterado para o “romaji” (o nosso alfabeto), com a pronúncia e exemplo
no português (quando necessário).
A I U E O - aqui, nenhuma dificuldade, salvo a letra “U”, que é falado um pouco expirado, como um sopro. As outras
letras tem os seguintes sons: A (como em “átomo”), E (como em “êxito”), I (como em “HaIti”) e O (como em “Ônibus”).
Não existe o som de “ó” no japonês, portanto, não se fala “judóka”, e sim “judôka”
KA KI KU KE KO – sem dificuldades
SA SHI SU SE SO – algumas observações:
SA – mesma pronúncia do português. A ressalva é que quando no meio da palavra, não adquire som de “za”, como
na palavra “casa”. Por exemplo, na palavra “hasami” (tesoura), lê-se “hassami”
SHI – não existem o som “si” no japonês, como na palavra “sinal”. Em vez disso, utiliza-se o “shi”, com som de “xi”,
como em “xícara”
SU – o som da letra “U” nesta sílaba é pouquíssimo pronunciado. Fica mais para o som de um “SS” (S duplo), como
se a palavra “máscara” pronunciássemos “máSScara”. Exemplo é a palavra japonesa “OSU”, forma corriqueira de
cumprimento entre praticantes de artes marciais, que pronuncia-se “OSS”.
TA CHI TSU TE TO – Observações:
CHI – é falado como o “ti” da palavra “time”
TSU – não existe o som “tu” em japonês, em seu lugar, o correspondente é “tsu”
NA NI NU NE NO – nenhuma dificuldade
HA HI FU HE HO – Observações:
Quanto às letras HA HI HE HO, são faladas com som de R como nas palavras “rato”, “rico”, “represa” e “roubo”,
respectivamente.
A única dificuldade é com relação à letra “FU”. Não existe o som de “HU”, e sim “FU”, que também não é falado
exatamente como na palavra “futebol”. É mais um intermediário entre o que seria o nosso “fu” e “hu”, é falado
expirado, com a boca entreaberta.
MA MI MU ME MO – sem dificuldades
YA YU YO – sem dificuldades. Não existem as letras “ye” ou “yi”.
RA RI RU RE RO – falados respectivamente como nas palavras “baRAlho”, “caRInho”, “baRUlho”, “paREde” e
“gaROto”
WA WO – Observações:
WA – é pronunciado “UÁ”, como na palavra inglesa “water”, mas com o A bem aberto.
WO – não é utilizado em nenhuma palavra, apenas como partícula que designa na frase o objeto direto. De qualquer
forma, não se pronuncia “UÔ”, mas simplesmente “Ô”. Exemplo: “Ki wo tsuke” (“Juntem seus espíritos”, ou “Juntem
sua energia”. Traduz-se normalmente por “atenção”)
N – é a única letra não acompanhada de vogal. Aparece em palavras como “hoNda” e “saN”
Além desses, existem sinais ortográficos que mudam o som destas letras. Assim, ocorrem as seguintes mudanças:
KA KI KU KE KO se transformam respectivamente em GA GI GU GE GO (observação que GI e GE se pronunciam
como em “GUInada” e “foGUEte”)
SA SHI SU SE SO se transformam respectivamente em ZA JI ZU ZE ZO (observação que JI é pronunciado “DJI”)
TA CHI TSU TE TO se transformam em DA JI DZU DE DO (este JI também se pronuncia “DJI”)
HA HI FU HE HO se transformam em BA BI BU BE BO (sem dificuldades) ou PA PI PU PE PO (idem)
Aqui cabe esclarecer que muitas vezes as palavras que começam com uma dessas letras que recebem o sinal
ortográfico mudam de som ao serem combinadas a uma anterior. É por isso que palavras como “KURUMA” (que
significa “carro” ou, no judô, “giro”), quando combinada com a palavra “KATA” (ombro), pronuncia-se “KATAGURUMA”, e não “kata-kuruma”. Outros exemplos: KOSHI (quadril) – hane-GOshi; HARAI (varrida) – de ashi BArai;
SHIME (estrangulamento) – juji-JIme.
Outras observações:
1. as letras A, KA, SA, TA etc sempre são faladas abertas, mesmo que depois delas haja um “N”. Temos a tendência
de nasalisar o A anterior a um N, como na palavra “Santos”, mas na verdade isso não acontece no japonês. Por
exemplo, o número 3 – “san”, não se fala “sãn”, mas sim “sán”.
2. Quando uma letra aparece dobrada, significa que há uma pequena “quebra” na pronúncia da palavra. Por exemplo,
“ippon”, lê-se “ip-pon”, com uma pequena quebra entre os dois “P”
3. Algumas letras ainda podem ser combinadas com as letras YA, YU e YO, formando novos sons, como JI+YU=JU
(da própria palavra JUDÔ, que se pronuncia “DJUdo”), GI+YA=GYA (pronuncia-se “guiá”)
4. As vogais isoladas A I U E quando colocadas após outra letras prolonga o seu som. A palavra “judô”, por exemplo,
na verdade escreve-se “juudou” em japonês (a letra “U” quando posposta a uma sílaba com “O”, prolonga o som o
“O”). Assim, a forma correta de pronunciar “judô” é “djuudoo”. Normalmente, as sílabas alongadas são grafadas com
um traço em cima. Exemplo: Jūdō.
5. Não existem sílabas tônicas no japonês: todas as sílabas da palavra têm a mesma intensidade. Assim, ao contrário
do que ocorre no português, onde uma sílaba normalmente é mais forte do que as demais (exemplo, a sílaba “cí” da
palavra “facínora”), no japonês, todas as sílabas têm a mesma força. Veja este gráfico:

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